segunda-feira, 30 de abril de 2007

Ensino superior a distância no Brasil: Políticas públicas e estratégias de gestão

Resumo:

A partir do reconhecimento da EAD observa-se um crescimento na oferta de cursos de educação a distância no ensino superior. Esse crescimento vem sendo acompanhado por um profundo debate acerca das potencialidades da EAD enquanto uma modalidade de ensino que pode contribuir para a democratização do acesso ao Ensino Superior, na medida em que abre novas possibilidades para reorganização e flexibilização das atividades de ensino e de extensão desenvolvidas nas instituições públicas.
A SEED foi criada, em 1996, com a missão de atuar como agente de inovação dos processos de ensino-aprendizagem.
Entre os objetivos da SEED, destacam-se, os que seguem: (a) formular, fomentar e implementar políticas e programas de educação a distância (EAD), visando à universalização e democratização do acesso à informação, ao conhecimento e à educação; (b) fomentar a pesquisa e a inovação em tecnologias educacionais, por meio de aplicações de TICs aos processos didático-pedagógicos; (c) desenvolver, produzir e disseminar conteúdos, programas e ferramentas para a formação inicial e continuada a distância; (d) difundir o uso das TICs no ensino público, estimulando o domínio das novas linguagens de informação e comunicação junto aos educadores e alunos das escolas públicas; (e) Melhorar a qualidade da educação.Em 2004, por meio do Edital 001/2004-SEED-MEC, foram destinados aproximadamente R$ 14 milhões para o apoio técnico e financeiro a instituições públicas de ensino superior, possibilitando a abertura de dezenove cursos a distância.
De acordo com as informações disponíveis na página virtual do Ministério da Educação existem atualmente cento e vinte e sete IES que ofertam cursos superiores a distância. Destas, noventa estão credenciadas ou autorizadas em caráter experimental para oferta de cursos de graduação, cinco receberam autorização especial para ofertar cursos seqüenciais e trinta e duas estão credenciadas exclusivamente para o desenvolvimento de Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu a Distância.Com o reconhecimento da EAD na legislação educacional vigente, a discussão sobre a criação a Universidade Aberta do Brasil passou a fazer parte das prioridades do Ministério da Educação.
Contudo, a partir das experiências de EAD desenvolvidas nos últimos anos pelas universidades públicas brasileiras, o Ministério da Educação retomou a discussão sobre a possibilidade de organização de uma Universidade Aberta, que tem como ponto de partida a criação do Fórum das Estatais.
Assim, por intermédio da Secretaria de Educação a Distância do MEC é que foi elaborado o projeto Universidade Aberta do Brasil, representando a convergência de esforços das instituições participantes do Fórum, como as empresas estatais e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes). O sistema UAB foi instituído oficialmente pelo Decreto 5800, de 8 de junho de 2006, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País, mediante a oferta de cursos e programas a distância por instituições públicas de ensino superior, em articulação com pólos de apoio presencial.
Entre as finalidades do Sistema UAB, destacamos as quatro que seguem: (a) ampliar o acesso à educação superior pública; (b) reduzir as desigualdades de oferta de ensino superior entre as diferentes regiões do País; (c) estabelecer amplo sistema nacional de educação superior a distância; (d) fomentar o desenvolvimento institucional para a modalidade de educação a distância, bem como a pesquisa em metodologias inovadoras de ensino superior apoiadas em tecnologias de informação e comunicação.No que se refere à estrutura organizacional, podemos identificar duas grandes categorias que agrupam uma grande variedade de tipos de instituição atuando na área de EAD, desde as primeiras fases da expansão desta modalidade de ensino, que chamaremos de instituições especializadas (single-mode) e instituições integradas (dual-mode). As primeiras, especializadas, dedicam-se exclusivamente ao ensino a distância e seus exemplos mais típicos são as grandes universidades abertas européias. A segunda categoria, a das integradas, inclui uma grande variedade de experiências de EAD desenvolvidas em instituições convencionais públicas ou privadas [...] (BELLONI, 2001: 91-92).
Mesmo com a criação de um Sistema de Universidade Aberta no Brasil, esta discussão precisa ser enfrentada, pois os cursos de ensino superior a distância continuarão a ter o seu lócus de desenvolvimento no interior de instituições que foram organizadas exclusivamente para a oferta de cursos presenciais, com um funcionamento ainda bastante burocrático e muito pouco flexível, o que pode comprometer decisivamente a viabilidade de projetos e de cursos a distância.
Cabe ao Ministério da Educação o papel de fiscalizar as reais condições para oferta de cursos superiores a distância, tendo em vista que a superação do preconceito existente com relação a essa modalidade de ensino passa, necessariamente, pela garantia da qualidade de ensino. Essa fiscalização assume um papel decisivo com relação a EAD, tendo em vista que as condições estruturais da instituição e os projetos pedagógicos dos cursos devem ser adequados à uma das principais características da modalidade de educação a distância, que é a superação da distância geográfica e temporal entre o aprendiz e o educador por meio de recursos de comunicação e interação.

Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo

RESUMO:

José Manuel Moran

O fascínio pelas tecnologias
Lemos, com freqüência, que as tecnologias de comunicação estão provocando profundas mudanças em todas as dimensões da nossa vida. Elas vêm colaborando, sem dúvida, para modificar o mundo.
Os mecanismos intrínsecos de expansão do capitalismo apressam a difusão das tecnologias, que podem gerar ou veicular todas as formas de lucro. O capitalismo visa essencialmente o lucro. As tecnologias viabilizam novas formas produtivas.
A rede Internet foi concebida para uso militar. Com medo do perigo nuclear, os cientistas criaram uma estruturação de acesso não hierarquizada, para poder sobreviver no caso de uma hecatombe. A Internet continua sendo uma rede para uso militar. Também continua sendo utilizada para pesquisa no mundo inteiro.
Há um novo re-encantamento pelas tecnologias porque participamos de uma interação muito mais intensa entre o real e o virtual. Há um novo re-encantamento, porque estamos numa fase de reorganização em todas as dimensões da sociedade, do econômico ao político; do educacional ao familiar.
Cada tecnologia modifica algumas dimensões da nossa inter-relação com o mundo, da percepção da realidade, da interação com o tempo e o espaço. A tecnologia de redes eletrônicas modifica profundamente o conceito de tempo e espaço.
Nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em complexidade ao melhor computador, porque pensa, relaciona, sente, intui e pode surpreender. Por isso o grande re-encantamento temos que fazê-lo conosco, com a nossa mente e corpo, integrando nossos sentidos, emoções e razão. Valorizando o sensorial, o emocional e o lógico. Desenvolvendo atitudes positivas, modos de perceber, sentir e comunicar-nos mais livres, ricos, profundos. Essa atitude re-encantada de viver potencializará ainda mais nossa vida pessoal e comunitária, ao fazer um uso libertador dessas tecnologias maravilhosas e não um uso consumista, de fuga.
As tecnologias de comunicação não mudam necessariamente a relação pedagógica. As Tecnologias tanto servem para reforçar uma visão conservadora, individualista como uma visão progressista. A pessoa autoritária utilizará o computador para reforçar ainda mais o seu controle sobre os outros. Por outro lado, uma mente aberta, interativa, participativa encontrará nas tecnologias ferramentas maravilhosas de ampliar a interação.
O re-encantamento, enfim, não reside principalmente nas tecnologias -cada vez mais sedutoras- mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num mundo em grandes mudanças e que nos solicita a um consumismo devorador e pernicioso. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias de apoio. É frustrante, por outro lado, constatar que muitos só utilizam essas tecnologias nas suas dimensões mais superficiais, alienantes ou autoritárias. O re-encantamento, em grande parte, vai depender de nós.

A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

Resumo:
Implantação da educação a distância oficial no Brasil
Dentre os autores dessa literatura, Niskier (1999), já tinha dado a conhecer que a modalidade a distância no Brasil teve sua origem no Movimento de Educação de Base (MEB), na década de setenta, com o objetivo de alfabetizar adultos através do Rádio, tendo sido implantada com o Programa Nacional de Teleducação (Prontel) na gestão de Jarbas Passarinho como Ministro da Educação.
Alguns autores acreditam que o surgimento da educação a distância no Brasil na década de 70, representou, na verdade, uma alternativa encontrada pelo Governo Federal para tentar diminuir o analfabetismo no país, enquanto outros, acreditam que o governo foi levado a legalizar e regulamentar a educação a distância pelo fato de os meios de comunicação, já naquela época, mostrarem-se favoráveis a prática de ensino.
Regulamentação da educação a distância oficial no Brasil
Embora se considere que a oficialização e a regulamentação da educação a distância no Brasil ocorreram com a Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, Artigo 26, não se pode deixar de observar que na verdade essa lei era específica para o ensino supletivo a distância diferentemente da lei de dezembro de 1996.
Para Niskier (1999), um dos problemas mais sérios da educação a distância é a capacitação de professores para essa modalidade de educação, o que, segundo ele, não um problema só da educação a distância, mas da educação brasileira como um todo, embora isso não impeça que inúmeras instituições ofereçam diversos cursos através do ensino a distância.
Pode-se pensar que, do ponto de vista econômico, a educação a distância pode ser a solução para muitas pessoas que jamais teriam condições de obter conhecimento e capacitação profissional pelas vias tradicionais e, por decorrência, obter uma melhor qualidade de vida. Se assim for, a educação a distância pode ser considerada extremamente positiva tanto para quem a adota porque precisa de um bom desempenho profissional e objetiva uma melhor qualidade de vida, quanto para quem precisa de profissionais qualificados, objetivando alcançar maior lucratividade.
História viva da educação a distância oficial no Brasil
Embora muito mais recente do que a educação a distância não-oficial, e devido a essa sua juventude, a educação a distância oficial no Brasil conta ainda com algumas pessoas que participaram ativamente da sua história. Tendo seus nomes vinculados à educação a distância no Brasil por seus trabalhos, algumas dessas pessoas foram contatadas e deram significativa Não se objetivou no trabalho analisar os dados obtidos junto aos representantes da “história viva” da educação a distância no Brasil, mas simplesmente conhecê-los, a partir do teor das entrevistas concedidas por Jarbas Passarinho, em dezembro de 2001 e Samuel Pfromm Netto, em julho de 2002, e do depoimento enviado por e-mail por Arnaldo Niskier, em junho de 2003.
Jarbas Passarinho
Em sua entrevista, Jarbas Passarinho fez uma longa exposição de suas idéias a respeito de educação a distância; educação no Brasil; problemas enfrentados quando esteve à frente do Ministério da Educação como, por exemplo, as reformas no ensino de 1º, 2º e 3º Graus; analfabetismo no país; suas realizações e frustrações como Ministro da Educação; sua participação, como Ministro da Educação no processo de implantação da educação a distância oficial no Brasil; e seu posicionamento sobre a educação no Brasil e a educação a distância de um modo geral.
Samuel Pfromm Netto
Em sua longa entrevista, Samuel Pfromm Netto fez uma detalhada exposição de suas idéias sobre educação e educação a distância de um modo geral e, mais especificamente, sobre a educação brasileira e a educação a distância no Brasil atualmente.
Arnaldo Niskier
A modalidade da educação à distância não é propriamente uma novidade na Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional (Lei no 9.394/96). Desde o início da década de 70, por inspiração do então ministro Jarbas Passarinho e as ações objetivas do educação Newton Sucupira, ouve-se falar no assunto, que não escapou à sensibilidade da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional. Na lei brasileira, entretanto, foi a primeira vez que se fez referência à modalidade, conhecida no mundo desenvolvido desde o século passado. Como sempre, chegamos atrasados. Hoje, o Conselho Nacional de Educação está firmando critérios rigorosos para o credenciamento de instituições capazes de utilizar a educação a distância, procurando valorizar, nesse empenho, a tradição de quem já se encontre no mercado, embora de forma difusa.
A educação a distância não-oficial no Brasil
Embora se considere que a educação a distância no Brasil só tenha surgido em 1939, com o ensino por correspondência oferecido pelo Instituto Monitor e, dois anos depois, com o Instituto Universal Brasileiro (1941), sabe-se que já em 1904 houve uma primeira tentativa de educação a distância no Brasil, com a instalação da filial de uma escola norte-americana na cidade do Rio de Janeiro, a qual oferecia cursos de idiomas por correspondência.
A falta de dados, tanto na literatura, quanto na internet, sobre os primeiros trabalhos educativos através do rádio no Brasil, e em especial sobre o trabalho de radiofusão de Roquette Pinto, leva a crer que os mesmos foram muito mais importantes como marcos da história do rádio no Brasil, do que propriamente da história da educação a distância. Assim, abusca do surgimento da educação a distância no Brasil, teve que seguir a indicação dos parcos dados disponíveis, encontrados nas obras anteriormente citadas (MEC/UERJ e Guaranyz e Castro), nas quais os Institutos Monitor e Universal Brasileiro são considerados os pioneiros da modalidade a distância no Brasil, através do ensino por correspondência.
O Instituto Universal Brasileiro
A década de 40 despontou no negro cenário Segunda Guerra Mundial, com sérias conseqüências para todas as nações do mundo. E é neste cenário que, em 1941, surgiu o Instituto Universal Brasileiro, segunda instituição a oferecer cursos por correspondência no Brasil, num momento em que o país acabara de atravessar um dos mais turbulentos períodos da sua história, vivendo, ainda, os duros anos da Ditadura Vargas, e tentando se ajustar às profundas transformações ocorridas em todos os setores da sociedade devidas a assim chamada ‘Revolução Industrial Brasileira’.
Ainda na década de 50, com o ensino por correspondência impulsionado pelas propagandas do Instituto Universal Brasileiro, algumas outras instituições surgiram tentando partilhar das vantagens deste mercado que parecia bastante promissor. Já na década de 40, tinham surgido no Brasil “A Voz da Profecia” em 1943, e o SENAC, em 1946, que ofereciam cursos por correspondência. Na década de 50 surgiram o IBAM e a Escola de Ensino Técnico Paulista por Correspondência8, conforme informou NASO: “Ainda na década de 50 do século XX, uma outra instituição de Ensino a Distância começou a funcionar no país – a Escola de Ensino Técnico Paulista por Correspondência, fundada pelo Sr. José Naso. Essa escola oferecia cursos de relojoeiro, rádio-técnico e televisão, perfumista, desenho e costura.”
De 1941 (ano de sua fundação) até 1995, o Instituto Universal Brasileiro dedicou-se exclusivamente a oferecer cursos técnicos e profissionalizantes a distância para todo o território brasileiro, e no final de 1995 autorizado pelo Conselho de Educação do Estado de São Paulo (Parecer CEE- 11/95, Portaria publicada em 28/12/95), passou a oferecer também os cursos Supletivos de Ensino Fundamental e Ensino Médio a distância para pessoas maiores de 15 anos. Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394/96, de 20/12/96, o Instituto Universal Brasileiro foi legalmente reconhecido como instituição de ensino de 1º e 2º Graus a distância. De acordo com Naso e, também com dados coletados na internet, já estudaram no Instituto Universal Brasileiro 3.600.000 pessoas, e a instituição conta atualmente com: sete Unidades de Atendimento aos alunos. Atualmente o Instituto Universal Brasileiro utiliza além da correspondência, os mais modernos meios de comunicação (internet, vídeo, teleconferência etc.) e oferece além dos cursos Supletivos de Ensino Fundamental e Ensino Médio, um total de trinta e três cursos profissionalizantes.

sábado, 28 de abril de 2007

Seminário do grupo 2

Tema: Internet na Educação
Componentes: Jean Magno, Eliane Regina, Fernando, Jeferson e Lourdes
Conferencista: Eliane Regina

Este seminário foi de um modo geral muito bom, os palestrantes estavam muito seguros do assunto e esclareceram muitas dúvidas à respeito do assunto. O único problema que houve foi a conexão do Jeferson que estava falhando e prejudicou a sua participação.
Eliane começa com a seguinte reflexão: "Todo ponto de vista é a vista de um ponto".
Internet- caracterizada por um entrelaçamento complexo de informações textuais e audiovisuais.
Foi feito um pequeno histórico da internet onde a mesma surgiu na década de 60/70- sendo chamada de Rede das Redes.
Internet é uma mídia de pesquisa cuja palavra-chave é "busca".
Não podemos confundir internet com WWW.
Algumas características e possibilidades da internet:
  • Linguagem própria
  • Interação dialógica
  • leituras lineares
  • Textualidade específica Desterritolização de relação autor-leitor

Tecnologias e novas educações:

  • as transformações da ciência na busca de novos paradigmas.
  • o modelo organizacional de sociedade
  • organização vertical de comando

Internet e Educação Presencial

A palavra-chave é integrar.

Integrar a internet com as outras tecnologias na educação. Integrar o avançado(as tecnologias) com o convencional.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Educação à Distância na Internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem.

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
Resumo:
A utilização de determinada tecnologia como suporte à EaD “ não constitui em si uma revolução metodológica, mas reconfigura o campo do possível. (Peraya,2002,p49). Assim, pode-se usar uma tecnologia tanto na tentativa de simular à educação presencial com o uso de uma nova mídia como para criar novas possibilidades de aprendizagem por meio da exploração das características inerentes as tecnologias empregadas.
O advento das tecnologias de informação e comunicação (TIC) reavivou as práticas de EaD devido à flexibilidade do tempo, quebra de barreiras espaciais, emissão e recebimento instantâneo de materiais, o que permite realizar tanto as tradicionais formas mecanicistas de transmitir conteúdos, agora digitalizados e hipermediáticos, como explorar o potencial de interatividade das TIC e desenvolver atividades à distância com base na interação e na produção de conhecimento.
Inserir determinada tecnologia na EaD não constitui em si uma revolução metodológica, mas reconfigura o campo do possível.
A EaD é uma modalidade educacional cujo desenvolvimento relaciona-se com a administração do tempo pelo aluno, o desenvolvimento da autonomia para realizar as atividades indicadas no momento em que considere adequado. A par disso, o “estar junto virtual” indica o papel do professor como orientador do aluno que acompanha seu desenvolvimento no curso, provoca-o para faze-lo refletir, compreender os equívocos e depurar suas produções.
Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação. Os recursos dos ambientes digitais de aprendizagem são basicamente os mesmos existentes na internet ( correio, fórum, bate-papo, conferência, banco de recursos, etc...).
A fim de melhor compreender as diversas metodologias com as quais se desenvolve a educação à distância, é importante especificar o significado de alguns termos, frequentemente empregados com equivalentes são eles: Educação on-line, educação à distância e e-Learning, que são termos usuais da área mas não são congruentes entre si.
Educação on-line é uma modalidade de educação à distância realizada via internet, cuja comunicação ocorre de forma sincrônicas ou assincrônicas.
O e-Learning é uma modalidade de educação à distância com suporte na internet que se desenvolvem à partir de necessidades de empresas relacionadas com o treinamento de seus funcionários.
Em um mesmo curso à distância, conforme as características da atividade pode existir alternância entre focos, sendo possível lançar mão de diferentes meios e recursos.
EaD não é apenas uma solução paliativa para atender alunos situados distantes geograficamente das instituições educacionais nem trata da simples transposição de conteúdos e métodos de ensino presencial para outros meios telemáticos.
Com o uso de ambientes digitais de aprendizagem, redefine-se o papel do professor que finalmente pode compreender a importância de ser parceiro de seus alunos e escritor se suas idéias e propostas, aquele que navega junto com os alunos, apontando as possibilidades dos novos caminhos sem a preocupação de ter experimentado passar por eles algum dia.
Tendo em vista a necessidade de fluência tecnológica para participar dos cursos de EaD, alfabetização digital, bem como a inclusão digital vem a ser um importante pré-requisito mas não como único, precisam-se trabalhar também o desenvolvimento de outras competências tais como: a escrita, a capacidade de discutir, de se expressar livremente e desenvolver produções individuais e grupais.

Como utilizar internet na educação

Resumo do artigo:
Como utilizar internet na educação
José Manuel Moran

A internet está explodindo como mídia mais promissora desde a implantação da televisão.
Com a implantação da internet, a distância hoje não é a geográfica e sim a econômica, cultural, a ideológica e a tecnológica.
A internet também está explodindo na educação. Universidades e escolas correm para tornarem-se visíveis, para não ficar para trás. Com isso a educação presencial pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas.
As redes atraem os estudantes. Eles gostam de navegar, de descobrir endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros colegas.
Estamos em uma etapa de transição quantitativa e qualitativa das mídias eletrônicas. Estamos passando de uma fase de carência de canais para uma outra de superabundância. Há uma clara aproximação da televisão, do computador e da internet. Estamos, em conseqüência, diante de um panorama poderoso para integrar todas as mídias no ensino à distância e continuado. A internet ao tornar-se mais e mais hipermídia, começa a ser um meio privilegiado de comunicação de professores e alunos.
O autor descreve alguns projetos importantes desenvolvidos atualmente na internet:
A escola do Futuro (desenvolve projetos de ensino de ciências e de humanidades com redes telemáticas desde 1990)
O colégio Municipal Alcina de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo (Desenvolvem 14 projetos, alguns na área de ciências vinculados à Escola do Futuro).
Colégio Magno-Projeto Matemática e Arte.
E muitas outras páginas que desenvolvem projetos de grande importância educacionais.
O autor relata suas próprias experiências na rede.
Ensinar utilizando a internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis.
É importante que o professor fique atento ao ritmo de cada aluno, as suas formas pessoais de navegação.
Ensinar utilizando a internet pressupõe uma atitude do professor diferente da convencional.
A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece.
A internet está trazendo inúmeras possibilidades de pesquisa para professores e alunos, dentro e fora da sala de aula. A pesquisa na internet requer uma habilidade especial devido á rapidez com que são modificadas as informações nas páginas e a diversidade de pessoas e pontos de vista envolvidos.
Uma das características mais interessantes da internet é a possibilidade de descobrir lugares inesperados, de encontrar materiais valiosos, endereços curiosos, programas úteis, pessoas divertidas e informações relevantes.
Tem-se observado, com o uso da internet aumenta a motivação, o interesse dos alunos pelas aulas, pela pesquisa, pelos projetos. Motivação ligada à curiosidade pelas novas possibilidades, à modernidade que representa a internet. Há uma primeira de deslumbramento, de curiosidade de fascínio diante de tantas possibilidades novas.
Depois vem a etapa de domínio da tecnologia, de escolha de preferências. Mais tarde, começa-se a enxergar os defeitos os problemas, as dificuldades de conexão, as repetições e a demora.
Alguns problemas têm surgido com a criação de mais de 140 mil novas páginas diárias.
Há informação demais e conhecimento de menos no uso da internet na educação.
O desafio agora é integrar a internet em um novo paradigma educacional.
A palavra-chave é integrar. Integrar a internet com outras tecnologias na educação.
Ensinar com a internet será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas de ensino.
A profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

TECNOLOGIAS E ENSINO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

Vani Moreira Kenski
Tecnologia, segundo a autora, é um conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e a utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade. A nossa sociedade tem sido invadida por um grande número de tecnologias. Essas tecnologias têm interferido no nosso modo de pensar e agir. As mídias passaram a criar seus próprios meios de linguagens e comunicação impondo assim um novo modelo de cultura e sociedade.
Como essas tecnologias se desenvolvem numa grande rapidez, existe um desafio para a sociedade atual que é o acesso a todos a essas informações, disso demanda mudanças nas esferas governamental e educacional.
A grande velocidade exigida no tempo atual, tendo em vista que uma tecnologia é rapidamente substituída por outra, gera um modo novo de se educar, ou deveria gerar. Algumas ações estão sendo usadas para que essa estorção seja nivelada, existem os mais variados acessos à informação, as interatividades, o aparecimento de escolas virtuais e etc. O conhecimento nessa nova era, pode ser dividido em três formas: a oral, a escrita e a digital.
Segundo Kenski, é preciso que o professor, antes de tudo, posicione-se não mais como detentor do monopólio do saber, mas como um parceiro, um pedagogo no sentido clássico do termo, que encaminhe e oriente o aluno, diante das múltiplas possibilidades e formas de alcançar o conhecimento e de se relacionar com ele.
Hoje, temos visto uma nova modalidade de ensino-aprendizagem que são as escolas virtuais. Enquanto na aula presencial os alunos se encontram face a face, se tocam, criam laços de amizade e de cumplicidade, na virtual essa interação é mais difícil, muitas vezes o aluno se encontra diante do seu computador sozinho, interagindo com textos e imagens. Um desafio para a escola virtual, é tentar criar um ambiente estimulante, criando comunidades virtuais e maneiras de interação entre os participantes.
Para atender toda essa demanda, as instituições de ensino tecnológico deverão estar preparadas para realizar investimentos consideráveis em equipamentos e capacitação docente. Sendo essa, uma questão preocupante, pois sabemos que em nosso país, existem muitas escolas que não possuem as condições mínimas necessárias para as atividades de ensino. Além disso, a formação dos professores precisa ser revista, com uma nova formação mais adequada a realidade atual. Esses professores precisam conhecer e utilizar esses novos auxiliares didáticos de maneira “confortável”.
Uma nova concepção de gestão, também deverá ser implantada na escola, mudam-se os espaços físicos, o tempo do professor terá que ser ampliado, formas de decisões menos burocráticas, garantindo aos setores da escola decisões rápidas.
Segundo Kenski, o professor, em um mundo em rede, é um incansável pesquisador. Um profissional que se reinventa a cada dia, que aceita os desafios e a impresivibilidade da época para se aprimorar cada vez mais.
O ciberespaço abre novas possibilidades e configurações para as pessoas aprenderem. Essas pessoas, conectadas virtualmente em torno de interesses específicos, criam assim uma comunidade. Existem vários tipos de comunidades virtuais, onde as pessoas migram de acordo com sua necessidade de interação e identificação. A aprendizagem nesses espaços se constitui, um desafio, que é o de conseguir manter esses indivíduos estimulados e motivados, onde o professor tem um papel fundamental, sabendo a hora de falar, ouvir e dirigir todo esse processo difícil, mas revolucionário.