sexta-feira, 13 de abril de 2007

TECNOLOGIAS E ENSINO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

Vani Moreira Kenski
Tecnologia, segundo a autora, é um conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e a utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade. A nossa sociedade tem sido invadida por um grande número de tecnologias. Essas tecnologias têm interferido no nosso modo de pensar e agir. As mídias passaram a criar seus próprios meios de linguagens e comunicação impondo assim um novo modelo de cultura e sociedade.
Como essas tecnologias se desenvolvem numa grande rapidez, existe um desafio para a sociedade atual que é o acesso a todos a essas informações, disso demanda mudanças nas esferas governamental e educacional.
A grande velocidade exigida no tempo atual, tendo em vista que uma tecnologia é rapidamente substituída por outra, gera um modo novo de se educar, ou deveria gerar. Algumas ações estão sendo usadas para que essa estorção seja nivelada, existem os mais variados acessos à informação, as interatividades, o aparecimento de escolas virtuais e etc. O conhecimento nessa nova era, pode ser dividido em três formas: a oral, a escrita e a digital.
Segundo Kenski, é preciso que o professor, antes de tudo, posicione-se não mais como detentor do monopólio do saber, mas como um parceiro, um pedagogo no sentido clássico do termo, que encaminhe e oriente o aluno, diante das múltiplas possibilidades e formas de alcançar o conhecimento e de se relacionar com ele.
Hoje, temos visto uma nova modalidade de ensino-aprendizagem que são as escolas virtuais. Enquanto na aula presencial os alunos se encontram face a face, se tocam, criam laços de amizade e de cumplicidade, na virtual essa interação é mais difícil, muitas vezes o aluno se encontra diante do seu computador sozinho, interagindo com textos e imagens. Um desafio para a escola virtual, é tentar criar um ambiente estimulante, criando comunidades virtuais e maneiras de interação entre os participantes.
Para atender toda essa demanda, as instituições de ensino tecnológico deverão estar preparadas para realizar investimentos consideráveis em equipamentos e capacitação docente. Sendo essa, uma questão preocupante, pois sabemos que em nosso país, existem muitas escolas que não possuem as condições mínimas necessárias para as atividades de ensino. Além disso, a formação dos professores precisa ser revista, com uma nova formação mais adequada a realidade atual. Esses professores precisam conhecer e utilizar esses novos auxiliares didáticos de maneira “confortável”.
Uma nova concepção de gestão, também deverá ser implantada na escola, mudam-se os espaços físicos, o tempo do professor terá que ser ampliado, formas de decisões menos burocráticas, garantindo aos setores da escola decisões rápidas.
Segundo Kenski, o professor, em um mundo em rede, é um incansável pesquisador. Um profissional que se reinventa a cada dia, que aceita os desafios e a impresivibilidade da época para se aprimorar cada vez mais.
O ciberespaço abre novas possibilidades e configurações para as pessoas aprenderem. Essas pessoas, conectadas virtualmente em torno de interesses específicos, criam assim uma comunidade. Existem vários tipos de comunidades virtuais, onde as pessoas migram de acordo com sua necessidade de interação e identificação. A aprendizagem nesses espaços se constitui, um desafio, que é o de conseguir manter esses indivíduos estimulados e motivados, onde o professor tem um papel fundamental, sabendo a hora de falar, ouvir e dirigir todo esse processo difícil, mas revolucionário.

Um comentário:

Prof. Marcelo Leite disse...

OI Laura tudo bem.
Quanto ao professor neste novo contexto educacional mediado pelas tecnologias, acredito que a sua formação deva ter uma forte carga de pesquisa. A informação e as mídias estão aí, a disposição, assim a pesquisa ao invés da consulta (busca) deve prevalecer.
um abraço